Direito de Família na Mídia
GRAATA realiza 1º Seminário da Adoção
22/05/2012 Fonte: Jornal do PovoO grupo de Apoio à Adoção "Ato de Amor" (GRAATA) realiza entre os dias 29 e 30 de maio, a partir das 19h, no auditório das Faculdades Integradas de Três Lagoas (Aems), o 1º Seminário da Adoção. O objetivo é levar informações às pessoas que desejam adotar, que já adotaram, para as mães que querem por os filhos para adoção e também para aquelas que se interessam pelo tema. A entrada é gratuita e a inscrição pode ser feita na hora, a partir das 18h30.
De acordo com a assistente social orientadora do GRAATA, Lilian Cristina Marques Dias, serão realizadas várias palestras. Entre os temas estão a Entrega do Filho em Adoção, Evolução da Adoção no Brasil e Seu Atual Contexto, além de Adoção Internacional. Estão entre os palestrantes a juíza da Infância e Juventude da comarca de Três Lagoas, Rosângela Alves de Lima Fávero, o juiz aposentado da Vara da Infância e Juventude do Rio Grande do Sul e a juíza da mesma vara citada, de Campo Grande, Katy Brum.
Lilian destacou que o encontro vai colaborar para minimizar o preconceito da adoção, que segundo ela, ainda existe. "A própria mídia, quando divulga algum tipo de infração cometida por uma pessoa adotada, faz questão de enfatizar esse aspecto como se a razão para o delito fosse apenas o fato de o acusado não ser filho biológico", contou.
O preconceito também acontece do lado do interessado em adotar. Em quase 100% dos casos, a preferência de adoção é de menina, de cor branca e que tenha até dois anos. As crianças mais velhas e negras dificilmente são escolhidas. "O interessado em adotar não deve discriminar, mas sim conquistar o sonho de ter uma criança no lar", salientou.
Conforme informações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Brasil possui mais de 20 mil interessados em adoção. Desses, apenas 585 declararam aceitar somente crianças negras. No cadastro, 10.173 interessados deixaram claro que aceitam somente crianças brancas. Além disso, 1.537 optaram pela cor parda e 9.137 afirmaram indiferença.
HISTÓRIA
O GRAATA foi criado no dia 11 de maio do ano passado, mas sua primeira reunião aconteceu em junho. O grupo não tem fins lucrativos e seu objetivo é estimular, apoiar e divulgar a prática da adoção. Segundo a psicóloga Jaqueline Lima de Souza, o grupo visa ainda trabalhar pelo direito de crianças e adolescentes para que possam ter a possibilidade de ingressar em uma família substituta por meio da adoção. Cada reunião conta com um palestrante diferente que pode esclarecer as dúvidas dos participantes.
As reuniões acontecem todas as primeiras terças-feiras do mês, às 19h, na sala do Tribunal do Júri no Fórum. A entrada é gratuita e a reunião é direcionada a todos os interessados pelo assunto. Ela disse que muitos dos participantes tornaram-se pessoas diferentes após se envolver com as reuniões. "Eles estão mais seguros em adotar. Muitos chegam até nós com receios de se tornarem pais de coração. Mas o trabalho que desenvolvemos tem aberto as mentes deles", completou.